Bueiro já está dando vazão à água. Defesa Civil diz que risco em manancial em terreno particular é pequeno
Teve início, na quinta-feira (18), as obras de restauração ao redor da lagoa que transbordou na noite de terça (16), no bairro Duque de Caxias. No dia do incidente, 71 pessoas tiveram que sair de casa por precaução. A represa fica em um terreno particular.
Desde a noite da ocorrência, técnicos da Defesa Civil municipal e estadual, do Instituto de Gestão das Águas (Igam), do Corpo de Bombeiros e outros setores foram para o local. Além disso, o município mobilizou equipes para assistir as famílias atingidas.
A lagoa tinha volume de 23 mil metros cúbicos de água. Com as obras de restauração, os moradores podem retornar para suas casas, segundo a Defesa Civil.
“Após as obras e a avaliação técnica do local, ficou constatado que as pessoas podem retornar para suas casas, de maneira segura, a partir da noite de hoje (quinta). Apenas uma família precisará permanecer no abrigo porque o imóvel dela está mais em risco. Mas esse risco já havia antes”, afirmou o superintendente de Defesa Civil, coronel Walfrido Lopes.
Segundo ele, o risco de colapso do talude da lagoa, até a noite de quinta (18), é pequeno. “Nós desobstruímos a via de acesso aqui no talude, fizemos o lançamento de pedras e compactamos a terra, e o talude está estável. Inclusive, máquinas pesadas estão passando pelo local, e não houve nenhum problema. Mesmo que chova, o risco de desmoronamento é mínimo. Será feito também o loneamento para impermeabilizar o solo do talude”, destacou.
Desde a noite de terça (16), o nível da lagoa reduziu, o que provocou mudanças no plano de ação para reparar os danos e impedir um novo extravasamento. “O cenário está cada vez mais promissor. A água baixou mais de seis metros e meio. Isso significa que o bueiro está dando vazão à água. “A gente está trabalhando para fazer a proteção desse bueiro para evitar que venha a entupir novamente”, explicou o diretor de manutenção de obras públicas da Ecos, Wilton Leite.
Outra frente de intervenções foi o desassoreamento do córrego que fica abaixo da lagoa. Com o vazamento de água, desceu muita areia e terra. Cerca de dois metros já tinha sido desassoreados até a tarde de quinta (18).
Susto
O motoboy Adenildo Carvalho Souza, que mora na região com a esposa e o filho há 11 anos, também foi acordado às pressas e precisou se abrigar em casa de parentes na noite do incidente. “Foi um susto muito grande. Não deu tempo de tirar muita coisa, porque já estava descendo muita água. Saímos com a roupa do corpo. Queríamos ficar na nossa casa, mas não podíamos correr esse risco”, lamentou. (com Dayse Aguiar)
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Fonte: Jornal Super / O tempo
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